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Disjuntor desarma sem motivo? Veja as causas mais comuns e como resolver

Se o disjuntor da sua casa vive desarmando e você não consegue identificar o motivo, saiba que esse é um problema mais comum do que parece. Antes de tentar resolver por conta própria, o ideal é contar com um profissional qualificado. No Encontrey, você encontra eletricistas experientes na sua região prontos para diagnosticar e resolver o problema com segurança.

 

O que é o disjuntor e por que ele desarma?

 

O disjuntor funciona como um protetor da sua instalação elétrica. Quando ele desarma, está cumprindo exatamente seu papel: evitar acidentes graves como incêndios, choques elétricos ou danos aos seus aparelhos. Portanto, um disjuntor que desarma constantemente está sinalizando que algo não vai bem com a parte elétrica da sua casa ou estabelecimento.

Muitas pessoas acreditam que o disjuntor está com defeito, mas na maioria dos casos ele está funcionando perfeitamente. O problema real geralmente está na instalação elétrica, no uso inadequado de equipamentos ou até mesmo no dimensionamento incorreto do próprio disjuntor.

 

Sobrecarga na rede elétrica: a causa mais frequente

 

A sobrecarga acontece quando você conecta aparelhos que, somados, consomem mais energia do que o disjuntor suporta. Imagine que seu disjuntor aguenta 20 amperes, mas você liga ao mesmo tempo um chuveiro elétrico, ar-condicionado, ferro de passar e micro-ondas. A soma ultrapassa o limite e o disjuntor desarma para proteger os fios, que poderiam superaquecer.

Esse problema é especialmente comum em residências mais antigas, onde a instalação foi dimensionada para uma época em que tínhamos menos equipamentos eletrônicos. Hoje, com computadores, televisões, carregadores e eletrodomésticos modernos, a demanda energética aumentou significativamente.

A solução passa por redistribuir os aparelhos em diferentes circuitos ou, em alguns casos, fazer um upgrade na instalação elétrica com um eletricista qualificado. Não adianta simplesmente trocar o disjuntor por um de maior capacidade sem verificar se os fios suportam essa nova carga.

 

 

Curto-circuito: quando os fios se tocam

 

O curto-circuito é uma situação mais grave que também faz o disjuntor desarmar imediatamente. Ele acontece quando o fio fase entra em contato direto com o fio neutro ou com o terra, criando um caminho de baixíssima resistência para a corrente elétrica. Isso gera um pico enorme de energia que o disjuntor corta instantaneamente.

As causas de curto-circuito são variadas. Fios desencapados ou com isolamento deteriorado pelo tempo são culpados frequentes. Também pode acontecer dentro de tomadas mal instaladas, em emendas malfeitas ou até mesmo no interior de algum equipamento com defeito. Aquele cheiro de queimado ou a marca preta na tomada são sinais claros de que houve um curto-circuito.

Identificar exatamente onde está o curto não é tarefa simples. Um eletricista precisa fazer testes nos circuitos, verificar conexões e, muitas vezes, abrir caixas de passagem para encontrar o ponto exato do problema. Nunca ignore um curto-circuito, pois além de fazer o disjuntor desarmar, ele representa sério risco de incêndio.

 

Fuga de corrente e problemas com o DR

 

Se sua casa tem disjuntor diferencial residual, conhecido como DR, ele pode estar desarmando por detectar fuga de corrente. Isso acontece quando parte da eletricidade está escapando para onde não deveria, geralmente através de fios desencapados, tomadas com umidade ou equipamentos com problemas no aterramento.

O DR é extremamente sensível e foi projetado para proteger as pessoas contra choques elétricos. Quando ele desarma, pode ser que alguém tenha tocado em alguma parte energizada ou que exista umidade em contato com a instalação elétrica. Áreas externas, banheiros e cozinhas são os locais mais propensos a esse tipo de problema.

Outra situação comum é a fuga de corrente em chuveiros elétricos. Com o tempo, a resistência pode encostar na carcaça metálica do chuveiro, fazendo o DR desarmar assim que alguém abre a água. Geladeiras, máquinas de lavar e outros equipamentos também podem apresentar esse defeito conforme envelhecem.

 

Disjuntor subdimensionado ou com defeito

 

Às vezes o problema está realmente no próprio disjuntor. Se ele foi instalado com amperagem inferior ao necessário para aquele circuito, vai desarmar mesmo que não haja nenhum problema na instalação. Um disjuntor de 10 amperes em um circuito que precisa de 16, por exemplo, vai desarmar constantemente ao ligar equipamentos comuns.

Disjuntores também têm vida útil. Com o tempo, seus componentes internos se desgastam e ele pode começar a desarmar com cargas menores do que sua capacidade nominal. Se você percebe que o disjuntor está quente ao toque, faz barulhos estranhos ou desarma mesmo sem carga aparente, pode ser hora de substituí-lo.

A troca deve sempre ser feita por um eletricista, que vai verificar se a amperagem está adequada para aquele circuito e se os fios suportam a corrente que vai passar por eles. Aumentar a capacidade do disjuntor sem verificar a fiação é extremamente perigoso.

 

Aparelhos com defeito causando o desarmamento

 

Um único equipamento com problema pode ser o responsável por fazer o disjuntor desarmar repetidamente. Aquecedores, ferros de passar, chuveiros elétricos e motores são os maiores suspeitos quando o disjuntor cai sempre que você liga determinado aparelho.

O teste é simples: desligue tudo da tomada e vá religando um equipamento por vez. Quando o disjuntor desarmar, você encontrou o culpado. Nesses casos, o aparelho precisa de manutenção ou substituição. Continuar usando um equipamento que causa desarmamento é perigoso tanto para você quanto para a instalação elétrica.

Alguns aparelhos apresentam aumento no consumo conforme envelhecem, especialmente aqueles que trabalham com aquecimento. Um chuveiro antigo pode estar consumindo mais energia do que consumia quando novo, e isso pode ser suficiente para ultrapassar o limite do disjuntor quando combinado com outros equipamentos ligados.

 

Instalação elétrica antiga ou inadequada

 

Casas construídas há mais de 20 ou 30 anos frequentemente têm instalações elétricas que não atendem mais às necessidades atuais. Os fios podem estar com isolamento ressecado, as conexões oxidadas e o sistema inteiro pode estar pedindo uma reforma.

Outro problema comum em instalações antigas é a ausência de circuitos separados para diferentes áreas da casa. Quando tudo está ligado em um único circuito, qualquer pequeno acréscimo de carga pode fazer o disjuntor desarmar. O ideal é ter circuitos independentes para áreas críticas como cozinha, área de serviço, banheiros e quartos.

Extensões e benjamins utilizados de forma excessiva também indicam que a quantidade de tomadas é insuficiente. Isso não apenas sobrecarrega os pontos existentes como pode causar mau contato e aquecimento, levando ao desarmamento do disjuntor.

 

Umidade e infiltrações afetando o sistema elétrico

 

A água é inimiga da eletricidade. Infiltrações em paredes podem atingir caixas de passagem, tomadas e interruptores, causando fugas de corrente que fazem o disjuntor desarmar. Esse problema piora em dias chuvosos ou em ambientes naturalmente úmidos como banheiros e áreas externas.

Quadros de distribuição instalados em áreas desprotegidas também sofrem com a umidade. A oxidação dos barramentos e disjuntores compromete o funcionamento adequado do sistema. Se você percebe umidade no quadro elétrico ou nas tomadas, é urgente chamar um eletricista antes que o problema se agrave.

 

O que fazer quando o disjuntor desarma?

 

Quando o disjuntor desarma, a primeira coisa é não tentar religá-lo imediatamente várias vezes seguidas. Se ele continua desarmando, há um motivo de segurança para isso. Forçar o religamento repetido pode danificar o disjuntor e, pior ainda, mascarar um problema sério que precisa ser resolvido.

Comece desligando todos os aparelhos da tomada e apagando as luzes. Religue o disjuntor e vá testando um circuito por vez. Isso ajuda a identificar em qual parte da casa está o problema. Se o disjuntor desarmar com tudo desligado, o problema é mais sério e requer atenção profissional imediata.

Nunca faça gambiarras como prender o disjuntor com arame ou substituí-lo por um fusível improvisado. Essas práticas extremamente perigosas anulam completamente a proteção do sistema elétrico e podem resultar em incêndios graves.

 

A importância do eletricista profissional

 

Trabalhar com eletricidade exige conhecimento técnico, ferramentas adequadas e experiência. Um diagnóstico correto do problema vai além de simplesmente trocar o disjuntor. O profissional precisa medir correntes, verificar resistências, testar circuitos e avaliar o estado geral da instalação.

Além disso, o eletricista conhece as normas técnicas que garantem a segurança da instalação. Ele sabe dimensionar corretamente os componentes, escolher os materiais adequados e executar o serviço seguindo os padrões de qualidade necessários.

Tentar resolver problemas elétricos sem conhecimento pode resultar em acidentes graves, desde choques elétricos até incêndios que colocam vidas em risco. O investimento em um profissional qualificado é sempre mais barato do que lidar com as consequências de uma instalação malfeita.

 

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